quinta-feira, dezembro 22, 2005

Passe a régua!

O fim do ano chega e com ele vem o meu esgotamento. Poderia escrever sobre milhões de assuntos, mas estou esgotada. Poderia escrever sobre o papai-noel, o espírito natalino e o novo ano, mas continuo esgotada. Também não acredito que teria opiniões tão relevantes assim, aliás tenho achado tudo uma bobagem tão grande, que é melhor ficar quietinha.
Dias atrás passei pelo meu 'inferno astral'. Acredito que tenha sido isso, pois eu andava tão amarga e sarcástica que eu mesma decidi terminar o ano com um pouco mais de doçura e leveza... Por isso, aceitei o tal convite e vou para praia, ver se um banho de mar, uns 25 litros de água de côco, uns dias sem celular, longe de tudo o que me é obviu, tomando muito sol na cabeça e gastando todas as energias, me ajudem na construção de um 'ser' humano um pouquinho melhor... Como já dizia Rita Lee um "dolce far niente" sem culpa nenhuma, poderá dar um impulso superpositivo neste novo ano que tanto promete?!... Aguardem notícias do próximo capítulo.

terça-feira, dezembro 06, 2005

P.F.


Hoje fui almoçar com uma amiga e uma borboleta pousou em meu braço. Como tenho pavor dos bichos que voam (pura inveja), eu a espantei... Fiquei sabendo que as borboletas, quando próximas, significam surpresa.
Assunto, ou melhor, prato do dia: traição entre amigos. Um cara(-de-pau, ao molho madeira) e duas amigas. Este tipo de situação, como costumo dizer já é um Clássico. Vai ver que é por isso que eu tive indigestão..., infelizmente não acredito que nenhum sal de fruta vai resolver esse dilema.
Conheço de perto, os três envolvidos nesta situação. Tenho tentado me manter afastada, mas se fosse comigo a trairagem, ia ter 'morte na escadaria', como diz uma grande amiga.
É incrível como as pessoas perdem o prumo, o pudor e a moral por coisas tão banais... Tô bege. Tanto homem prá se beijar, e tem mulher (Inimiga criada em cativeiro= amiga sacana) que quer beijar o 'caso' da amiga...
Hoje estou sem criatividade, chateada, descrente, despenteada(literalmente), de pijama, sem vontade de nada e prefiro parar por aqui.

sexta-feira, dezembro 02, 2005

ABSOLUT


...Na volta do banheiro:
Encostei no balcão, a procura do meu cigarro, que estava dentro da minha bolsa. Que estava dentro da bolsa de uma amiga, (juro que é verdade!). Quando enfim consigo achar o meu cigarro, não consigo encontrar o isqueiro. Tento encontrar algum fumante nas proximidades, mas meus olhos param diante do que vêem. É o M., depois de exatos 85 dias, sem ter qualquer notícia dele, nos cruzamos na balada. Balada esta que eu não tinha a menor intenção de ir. Na verdade, fui quase arrastada pelos amigos..., mas fui. Não só fui como encontrei o M. por lá. Tentei disfarçar a minha cara de 'pirulito', mas acho que não me saí muito bem nesta empreitada. Conversamos amenidades. Tentei ser o mais breve possível. Tentei não criar polêmicas. Tentei fazer com que ele não percebesse que eu estava um pouco 'alta'. Tentei não tentar mais nada e acho que enfim consegui. Ele se despediu sem que eu tivesse a oportunidade de ouvir uma só palavra do que ele me disse.
Moral da história: A minha melhor amiga continua sendo a vodka!
Obs: Não entendeu a moral da história? A minha vodka me entende.

quinta-feira, dezembro 01, 2005

Tudo de novo...


Segunda, teve um choppinho prá ajudar a começar a semana.
Terça, teve sinuca com muito rum, pois o sábado estava longe.
Quarta, teve vodka, pois o meio da semana é foda.
Quinta, está só começando, mas os convites estão bombando.
Hoje começa o 'esquenta', que como podemos notar, não esfria nunca. Espero ter fígado até domingo à noite, que é quando nos reunímos para passar o final de semana à limpo e marcar um encontro prá segunda e começar tudo de novo...

terça-feira, novembro 29, 2005

Revisão do fds


Mais um fim de semana daqueles...
Daqueles onde se bebe MUITO. Fala-se demais. Paquera a própria sombra.
Daqueles que tropeçamos nos outros, nas mesas, em nós mesmos.
Daqueles em que somos difíceis com quem deveríamos ser fáceis.
Daqueles em que nos tornamos extremamente sincera com os amigos e conhecidos.
Daqueles onde perdemos a chave...
Enfim, mais um fim de semana...

sexta-feira, novembro 25, 2005

Mais uma história de amor...

Ele calça jeans
Ela camiseta branca
Ele de tênis

Ela de salto
Ele de carro
Ela de carona
Ele quer beijo
Ela quer papo
Ele escolhe o vinho
Ela precisa de uma vodka
Ele conta vantagens
Ela conta mentiras
Ele insiste em pressioná-la
Ela insisti em beber
Ele atende o celular
Ela acende um cigarro
Ele pensa: Está com ciúmes!
Ela pensa: Estou com sono!
Ele paga a conta.
Ela paga os pecados.
Ele quer 'esticar' a noite
Ela quer encurtar a conversa
Ele tenta ganhar a discussão com um sorriso
Ela ganha com uma única lágrima
Ele pára o carro
Ela pára o choro
Ele fala do quanto ela é egoísta
Ela prova o quanto ele é egoísta
Ele ameaça ir embora
Ela afirma que não volta mais...

quinta-feira, novembro 24, 2005

Super heróis



Queridos, essa é prá vocês. Já estou morrendo de saudades...
Marquito, quem é o nosso super herói?
OBS: O Bege é o único, que neste caso específico, não participa da resposta. Rsrsrs...

Música que se vê

"Pela janela vejo fumaça, vejo pessoas
Na rua os carros, o céu, o sol e a chuva
O telefone tocou, na mente fantasia
Você me ligou naquela tarde vazia, e me valeu o dia..."
IRA

segunda-feira, outubro 31, 2005

Ser-ia?

Está tudo de ponta-cabeça. Tudo quase sem sentido. Não consigo compreender o que se passa. Por isso preferiria um 'fast food' qualquer. Deveriam inventar um amor desse tipo. Cansei das coisas complicadas. Cansei de jogar conversa fora com cada 'cafa' que conheço. Quero não querer mais nada. Quero me conformar que as coisas são do jeito que são... Mas se tudo fosse assim, aí não seria mais EU.

quarta-feira, outubro 05, 2005

Anota aí!

Preciso me recolher, me
encolher, antes que alguém me engula.
Queria querer você,
mesmo sem saber se quero coisa alguma.
Se um dia eu vier a
saber, que um dia amei você, tomara que você suma.
Pois não sei conviver,
nem sobreviver com ausência de culpa...

quarta-feira, setembro 28, 2005

Rê-gressão

Quero a minha infãncia de volta, cansei de ser 'boa moça', de chegar no horário, de ganhar dinheiro e liberdade (exatamente nesta ordem), cansei de ter conta no banco, cartas no meu nome, meu próprio carro. Não quero mais me preocupar com o tempo que voa, os ex-namorados, os pés de galinha, os meus quilos a mais, a eterna dieta, a conta de telefone, as calorias ingeridas, as cervejas que tomei, as que não tomei, as que poderia ter tomado. Cansei de ter que tomar decisões ponderadas. Quero de volta os meus 4 meses de férias anuais. Quero dormir na casa das amigas. Vestidos de bolinhas. Maria-chiquinha. Maria-mole. Pé-de-moleque. Quero assistir TV a tarde inteira. Chorar para ir deitar mais tarde. Chorar para não tomar banho. Chorar para ganhar roupa nova. Chorar para não ir na escola. Reclamar o valor da minha mesada. Andar de bicicleta (com rodinhas). Brigar pelo controle remoto, para sentar no banco da frente, para ficar até mais tarde nos bailinhos... Será que estou pedindo demais?! Cansei de ser uma mulher adulta. Quero todos os meus brinquedos de volta!

segunda-feira, setembro 12, 2005

Des Conhecido

Faz tempo que não escrevo. Andei um pouco isolada. MUITAS coisas aconteceram. Continuo firme e forte na dieta e na academia. Prá ser sincera, nunca pensei que fosse gostar de fazer exercício, mas estou amando. Tenho trabalhado bastante, o que também tem sido ótimo. Tenho vários projetos em andamento e vários outros prá colocar em prática. Mas na verdade o que tem me deixado muito feliz, são as descobertas de novas possibilidades. Percebi que posso (e tenho) amigos de todas as 'tribos'. É possível sair com pessoas totalmete diferentes de mim e umas das outras também. Hoje posso ir num show de punk rock e amanhã posso ouvir música erudita no meu quarto. É claro que eu sempre soube das possibilidades, mas antes eu não usufluía delas, eu apenas sabia que podia ser 'assim ou assado', hoje em dia eu vivencio estas possibilidades. Foi através destas vivências que tive um feriado prá lá de curioso e experimentei algo antes nunca cogitado em meus pensamentos: O desconhecido. Ele foi em minha casa e se deitou na minha cama. Maiores detalhes, só na próxima postagem...

quinta-feira, agosto 18, 2005

Só para constar

"Eu quis fazer de puro aço, luminoso punhal
para matar o meu amor, e matei
as cinco horas na avenida central
mas as pessoas na sala de jantar
são ocupadas em nascer e morrer..."

terça-feira, agosto 09, 2005

O tempo...

Chega de greve! Andei uns dias sumida. Precisei ficar comigo mesma. Não pensei que iria me abalar daquele jeito, mas quem inventou a famosa frase: "O tempo cura tudo", tinha toda razão. Posso dizer que não tenho quem eu quero, mas todos que eu não quero me querem, e isso já deve servir para algum consolo. Existe um 'pipeto' de 17 aninhos, um 'tio' de 49 anos, uns ex-fiquetes e até o ex-namorado. Posso dizer que eu agrado gregos e troianos. Também posso dizer que eu trocaria tudo isso, para agradar uma única pessoa... Uma grande amiga costuma dizer que as mulheres solteiras, largadas, desquitadas, mal amadas e etc, tendem à se cuidar, à estudar, muito mais do que as casadas. Isso é obviu! 'Nós' procuramos artifícios para nos tornármos mais atraentes em todos os sentidos. Queremos que aquele 'macho' que um dia nos desprezou, se arrependa até o último fio de cabelo e volte ajoelhado pedindo perdão por ter cometido tamanha injustiça. Eu, para ser mais sincera, prefiro que algum amigo dele me procure... Seguindo tal linha de raciocínio, esta semana me matriculei numa academia. O que de cara já foi um grande investimento, pois tenho um personal que é um sonho... Também resolvi me jogar no trabalho, o que tem me garantido ótimos resultados e de quebra, estou colocando a minha leitura em dia, já que paixão e cultura definitivamente não caminham lado a lado...

domingo, julho 31, 2005

A quem possa interessar

Estou numa fase 'sem palavras'. Preciso organizar meus pensamentos, rever alguns conceitos, colocar a casa em ordem. Não estou 'de greve', mas ando um pouco paralisada. Tenho muitas coisas para contar, mas está difícil escrever, descrever, traduzir, decifrar, decodificar o que tenho passado. Quando as coisas se tornarem um pouco mais claras, ou mais fáceis, enviarei as penúltimas notícias...

quarta-feira, julho 20, 2005

terça-feira, julho 19, 2005

Rê-novada

O inverno chegou e com ele também veio aquela vontade louca de ficar em casa, debaixo do cobertor, com um bom livro, um bom filme, uma boa companhia, ou as três alternativas juntas. Talvez ainda não tenha encontrado o meu 'cobertor de orelha', mas também não desisti de procurá-lo. Voltei à me centrar. Já me sinto mais intimista de novo. Tenho tentado diminuir as superdosagens de tudo. E assumo que ainda me sinto um pouco desconfortável, pois sei que não posso voltar a ser o que um dia fui. Agora tento me adaptar a velha versão moderna de mim mesma. Confuso? Imagine para mim! Só posso garantir que tenho seguido o meu propósito de ir em busca do novo. De novo, me sinto nova, renovada, e como o meu próprio nome diz, me sinto renascida...

domingo, julho 17, 2005

Não chore, homem

Você me dá muito pouco
E eu vou embora
O quê você me deu
Vou jogar fora
O que presta pra mim
É afeição
Eu vou tentar ser bem mais competente
Na escolha da próxima paixão
Meu bem(...)

(...)Eu quero alguém melhor
E mais bonito
Alguém que nem você eu não preciso
O resultado disso é solidão(...)

Não chore homem...

Mas as coisas são assim
Não é vovó?
São coisas que a gente não escolhe nunca
As coisas do coração
Não é vovó?
Elas são como são ou a gente muda?

Amanhã eu não quero confundir
Atração sexual com ilusões de amor puro

Não chore homem...
(Vanessa da Mata)

quarta-feira, julho 13, 2005

Greve Geral

Ando insatisfeita. Não sei o que se passa. Estou totalmente 'over'. Bebo demais. Falo demais. Beijo demais. Dou risadas demais. E cheguei num ponto que não estou curtindo mais tal superdosagem. O A. tem me deixado extremamente confusa. Às vezes tenho quase certeza de que quero muito ficar com ele. Outras vezes, tenho vontade de mandar ele ir prá puta que o pariu! Enquanto isso, os dias vão passando e nós continuamos insistindo em falar no telefone e nos ver de vez em quando... Domingo comemorei 2 anos de divórcio. Passei o dia todo na cama. Não, eu não estava deprimida, muito menos de 'bode'. Acontece que cheguei 'completly drunk' em casa, no domingo, às 7:30h da manhã. Conclusão: Não há cristão que não mereça um dia de descanço... Eu estava de greve. Do mundo. De todo o mundo...

terça-feira, julho 12, 2005

Música

(...) Permita que o amor invada sua casa coração!(...)

quinta-feira, julho 07, 2005

Des Conhecido

"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedido do trabalho?
Terminou uma relação?
Deixou a casa dos pais?
Partiu para viver em outro país?
A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu. Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó.
Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora.
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração - e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora.
Soltar.
Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor.
Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerrando ciclos.
Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.
Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é."
Desconheço a autoria

sexta-feira, julho 01, 2005

A.R.

Outro dia me dei conta, de que faz um mês que nos conhecemos. Está sendo tudo tão mágico e real, intenso e medido, prazeroso e amedrontador; que quando estamos juntos a hora passa voando. Esqueço do sono, da fome, da sede. Conversamos sobre futilidades e cinco minutos, depois estamos falando de assuntos extremamente profundos. Sorrimos como duas crianças, trocamos olhares intensos, já reconheçemos o nosso humor só de ouvir um "alô" no telefone. Não nos incomodamos com o nosso silêncio. Ele respeita o meu mal humor matinal. Eu respeito o time que ele torçe. Começamos a 'mapear' as milhares de pintas que ele tem, algumas já têm até nomes. Somos dois vicíados em cafeína. "(...)Discutimos coisas sobre o céu, a terra, o fogo, a água e o ar(...)". Ao mesmo tempo que parece que eu o conheço à um século, sinto que tudo está se dando de maneira completamente nova e surpreendente. Ele prefere encontrar o que procura e eu prefiro procurar o que encontro...

quinta-feira, junho 30, 2005

Save the best for last...

"Uma alma gêmea é alguém cujas fechaduras
coincidem com nossas chaves e cujas chaves
coincidem com nossas fechaduras.
Quando nos sentimos seguros a ponto de abrir as fechaduras, surge o nosso eu mais verdadeiro e podemos ser, completamente e honradamente quem somos.
Cada um descobre a melhor parte do outro."
Richard Bach

Matemática Poética


Um Quociente apaixonou-se
Um dia
Doidamente
Por uma Incógnita.

Olhou-a com seu olhar inumerável
E viu-a, do Ápice à Base...

Uma Figura Ímpar;
Olhos rombóides, boca trapezóide,
Corpo ortogonal, seios esferóides.

Fez da sua
Uma vida
Paralela a dela.

Até que se encontraram
No Infinito.

"Quem és tu?" indagou ele
Com ânsia radical.

"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa."

E de falarem descobriram que eram
- O que, em aritmética, corresponde
A alma irmãs -
Primos-entre-si.

E assim se amaram
Ao quadrado da velocidade da luz.

Numa sexta potenciação
Traçando
Ao sabor do momento
E da paixão
Retas, curvas, círculos e linhas senoidais.

Escandalizaram os ortodoxos
das fórmulas euclideanas
E os exegetas do Universo Finito.

Romperam convenções newtonianas
e pitagóricas.
E, enfim, resolveram se casar

Constituir um lar.
Mais que um lar.
Uma Perpendicular.

Convidaram para padrinhos
O Poliedro e a Bissetriz.

E fizeram planos, equações e
diagramas para o futuro
Sonhando com uma felicidade
Integral
E diferencial.

E se casaram e tiveram
uma secante e três cones
Muito engraçadinhos.

E foram felizes
Até aquele dia
Em que tudo, afinal,
Vira monotonia.
Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum...

Freqüentador de Círculos Concêntricos.
Viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela,
Uma Grandeza Absoluta,
E reduziu-a a um Denominador Comum.

Ele, Quociente, percebeu
Que com ela não formava mais Um Todo.
Uma Unidade.

Era o Triângulo,
Tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era a fração
Mais ordinária.

Mas foi então que Einstein descobriu a
Relatividade.
E tudo que era expúrio passou a ser
Moralidade

terça-feira, junho 28, 2005

Des Animo

Este, foi um fim de semana maluco. Viajei. Não sei o que aconteceu, mas eu desanimei. Estava com ótimos amigos, mas não estava me divertindo. Não posso me queixar, pois eles foram ótimos, fizeram de tudo para me animar. Eu estava de 'bode'. Pela primeira vez em muito tempo, eu queria ficar em casa, não ver gente, apagar a luz e manter o controle remoto nas mãos. Isso quase não rolou. Todo mundo ligou. Me disseram que eu tava esquisita. Acho que tava mesmo. Não sei dizer em que momento tudo isso passou. Só posso dizer que somatizei tudo aquilo e voltei prá casa gripada... e ainda assim fui encontrar o dono do meu riso...

Psi-Colo-Go

O Psicólogo não adoece, somatiza;
O Psicólogo não transa, libera libido;
O Psicólogo não estuda, sublima;
O Psicólogo não dá vexame, surta;
O Psicólogo não fofoca, transfere;
O Psicólogo não resolve problemas, fecha gestalts;
O Psicólogo não tem idéia, tem insight;
O Psicólogo não se engana, tem ato falho;
O Psicólogo não muda de interesse, altera figura e fundo;
O Psicólogo não fala, verbaliza;
O Psicólogo não conversa, pontua;
O Psicólogo não desabafa, tem catarse;
O Psicólogo não pensa nisso, respira isso;
O Psicólogo não é indiscreto, é espontâneo;
Enfim, o Psicólogo não é gente, É um estado de espírito.

terça-feira, junho 21, 2005

Variações de um domingo

Depois de um sábado prá lá de agitado, com direito a show do 'Babado Novo', regado com muita cerveja, tive um domingo maravilhoso, ao lado de 'alguém muito especial'. Passamos a tarde toda conversando, beijando, cochilando, nos olhando, assistindo TV, dando risada, comendo besteira, falando bobagens, ouvindo música, discutindo cinema... Quando a noite caiu, nós fomos passear, ver gente, voltamos prá nossa 'tóca', nos enrolamos no cobertor e fizemos tudo de novo...

domingo, junho 12, 2005

Solt-eira

Dizer que estou feliz da vida, já é chover no molhado. Mesmo assim, vou dizer só mais uma vez: Estou explodindo de felicidade!!! (Pronto! Falei. Agora já posso continuar). Hoje é dia dos namorados e eu não tenho um. Posso garantir que isso não foi nenhum problema para mim. Passei longos anos da minha vida namorando, e só agora percebi o significado deste dia. Hoje não ganhei flores, não fui almoçar ou jantar fora, não comprei ou ganhei presentes. Porém, antes de retornar para o meu 'doce lar', recebi uma mensagem de alguém que está sendo uma boa influência para este meu 'momento feliz'. Pela primeira vez na vida, eu agradeci aos céus pelo dom da paciência. Lembrei do IRA: "Você me ligou naquela tarde vazia e me valeu o dia...". Foi justamente o que me aconteceu. Será que pode haver presente maior, do que desejar e ser desejado pela pessoa querida?! Nos encontramos pelo simples fato de sermos dois adultos que compartilhamos do desejo de estármos juntos. Não havia a obrigação, mas sim o desejo... Não me lembro de ter tido tal desejo enquanto namorava...

quinta-feira, junho 09, 2005

Lou-cura

"Descobri que sou
inteiramente louca
louca de pedra
de pau
de ferro
de aço
de louça
e quebro à toa."
(Maria Carmem Barbosa)

terça-feira, junho 07, 2005

O dono do meu riso

Faz tanto tempo que não mando notícias, que nem sei por onde começar. É preciso deixar bem claro que estou MUITO feliz. Trabalho naquilo que amo, convivo com pessoas novas (=diferentes, dos diferentes que eu já havia me acostumado). Ás vezes me sinto em outro país, mas tudo de novo que está me acontecendo, está me ajudando a ampliar meus horizontes. Aqui também tem muitas coisas bacanas, muitos costumes invejáveis e outros nem tanto. Adoro a tradição de se manter as tradições. Adoro a cidade cheia de universitários de vários cantos do mundo. Adoro poder deixar o carro aberto enquanto compro pão na padaria.
Muitas coisas aqui têm me feito feliz, mas não posso negar que uma pessoa em especial está me deixando radiante. Nos conhecemos de maneira totalmente inesperada e é de maneira surpreendente que nos mantemos conectados até agora. Sinceramente não sei dizer o que me ligou à ele, talvez seja o seu olhar misterioso. Eu preciso perder essa minha mania de detetive! Preciso parar de tentar decifrar os outros. Mas de qualquer jeito, sinto que pela primeira vez, me relaciono com alguém, sem fazer grandes cobranças ou exigências. Com ele, tudo é diversão. Passamos momentos ímpares juntos. Ele tem um bom humor que me fascina. Ele é o dono do meu riso...

quarta-feira, maio 18, 2005

Escolhas de uma vida

ESCOLHAS DE UMA VIDA Martha Medeiros
A certa altura do filme Crimes e Pecados, o personagem
interpretado por Woody Allen diz: "Nós somos a soma
das nossas decisões". Essa frase acomodou-se na minha
massa cinzenta e de lá nunca mais saiu.
Compartilho do ceticismo de Allen: a gente é o que a
gente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso.
Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção,
estamos descartando outra, e de opção em opção vamos
tecendo essa teia que se convencionou chamar "minha
vida".
Não é tarefa fácil. No momento em que se escolhe ser
médico, se está abrindo mão de ser piloto de avião. Ao
optar pela vida de atriz, será quase impossível
conciliar com a arquitetura. Se é a psicologia que se
almeja, pouco tempo sobrará para fazer o curso de
odontologia. Não se pode ter tudo.
No amor, a mesma coisa: namora-se um, outro, e mais
outro, num excitante vaivém de romances. Até que chega
um momento em que é preciso decidir entre passar o
resto da vida sem compromisso formal com alguém,
apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora
quando se findam, ou casar, e através do casamento
fundar uma microempresa, com direito a casa própria,
orçamento doméstico e responsabilidades. As duas
opções têm seus prós e contras: viver sem laços e
viver com laços. Escolha.
Morar em Londres ou numa chácara? Ter filhos ou não?
Posar nua ou ralar atrás de um balcão? Correr de kart
ou entrar para um convento? Fumar e beber até cair ou
virar vegetariano e budista? Todas as alternativas são
válidas,mas há um preço a pagar por elas.
Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6
meses, ser casados de segunda a sexta e solteiros nos
finais de semana, ter filhos quando se está
bem-disposto e não tê-los quando se está cansado,
viver de poesia e dormir em hotel 5 estrelas. No way.
Por isso é tão importante o auto-conhecimento. Por
isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar
em várias tribos, prestar atenção ao que acontece em
volta e não cultivar preconceitos. Nossas escolhas não
podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o
que a gente é. Lógico que se deve reavaliar decisões e
trocar de caminho: ninguém é o mesmo para sempre. Mas
não para anular a vivência do caminho anteriormente
percorrido. A estrada é longa e o tempo é curto.
Quanto menos a gente errar, melhor.

sexta-feira, maio 13, 2005

A Deus

Eu sentei aqui com a intenção de escrever um texto que falasse sobre a fragilidade da vida, depois pensei em escrever sobre o destino e o acaso, mais tarde pensei em descrever o viver e o morrer, mas a verdade é uma só: Tenho um grande amigo, que sofreu um PUTA acidente de carro. O cara tem 30 anos, não bebe, não fuma, frequênta a igreja todos os domingos, é um filho amoroso, estuda história, trabalha duro, ajuda a família e está neste exato momento numa sala fria de U.T.I., ao lado do causador do seu 'acidente'. O meu amigo não tem sequer um único osso que não tenha sido fraturado. Ele está 'moído', num coma induzido e eu fico SINCERAMENTE pensando: Seria melhor ele viver ou morrer? Passei o dia me sentindo um cocô. Não consegui sequer chorar. À noite tive que ir prá rua, quis ver gente, quis buscar vida. Não consegui rezar, na verdade tô puta com O Todo Poderoso. Tô ao mesmo tempo, consciente e muito frustrada com toda a minha impotência. Não sei como ou quando essa história vai acabar, mas hoje eu preciso de uma mão, abraçando a minha mão e me fazendo esquecer qualquer fraqueza...

segunda-feira, maio 09, 2005

A fila anda

Na última semana, passei por alguns dias onde as palavras foram essenciais. O poder de argumentação se reduz à nada, quando não temos as palavras como aliadas. Fiquei feliz por perceber o quanto aprendi à me colocar, à me defender e à não deixar para amanhã o que eu precisava resolver agora. Depois de muitas conversas, explicações, argumentações, falei tudo aquilo que queria, de forma tão clara, que no outro dia já colhi os benefícios da tal 'conversa de adultos civilizados'.
E como diz o ditado: "A fila anda!". Pois é, a minha está andando como nunca. Conheci em Paulista fofo, e vivemos um final de semana pra lá de bacana...

quarta-feira, maio 04, 2005

Des Atualização

Hoje li o blog de um amigo, que está num clima saudosista... Acho que fui picada pelo bichinho da saudades também. É bom que vocês que eu amo, e que têm consciência desse amor, nunca se esqueçam que moram no meu coração, nos meus pensamentos e nos meus sonhos... Gostaria de dividir cada alegria com vocês, cada momento peculiar. Mas ao invés disso, divido o meu passado. Toda notícia que lhes chega é sempre a penúltima. Minha vida é como a edição de um jornal, que quando vai para as bancas já está obsoleto. É claro, que independente de tudo isso, as amizades são feitas para dividir, seja lá o que for. Por isso, me sinto à vontade para dividir um pouco da minha 'desatualizada' versão de vida com vocês, aqui neste espaço...

terça-feira, maio 03, 2005

Mais um trecho

"...O meu comportamento egoísta e o seu temperamento difícil... "

Trechos jovens

Quando minha irmã era pequena, ela inventou a "Trechos jovens", uma rádio que só funcionava aos fins de semana, no carro dos meus pais, quando estávamos viajando. O nome da rádio se deve ao fato da rádio só tocar o refrão das músicas.
Atualmente, a minha vida daria uma interessante programação para a rádio. Hoje por exemplo, tocaria a esta música: "...Roda mundo. Roda gigante. Roda moinho. Roda peão. O tempo rodou num instante, nas voltas do meu coração...". Na última sexta-feira, o trecho seria: "...Mais fácil aprender japonês em braile, do que você decidir se dá ou não...". Espero que amanhã o trecho do dia seja: "... Eu quero te olhar de um lugar diferente. Eu quero a chave. A chave da porta da frente. Eu quero agora. E eu quero prá sempre...". Porém, desejo do fundo do coração que o "trecho jovem" da minha vida, seja a música, ou melhor, o questionamento proposto por João Bosco: "Quem pode querer ser feliz, se não for por amor?!..."

Música

"... Quem pode querer ser feliz se não for por amor?..." (João Bosco)

quarta-feira, abril 27, 2005

Des Quite

Nada como um dia após o outro, algumas horas no shopping e um belo corte no cabelo. Também devo admitir que beijar alguém que nos bajula, ajuda e muito. Pois é, ontém percebi que os hematomas já desapareceram da minha alma, e posso dizer que isto ocorreu não por que fiz comprinhas, cortei o cabelo ou conversei por HORAS com as amigas. Mas sim, por que estava na hora de tudo passar. E passou! À noite, estava uma ventania, mas decidimos sair mesmo assim, resolvemos ir ao bar do meu amante, já que lá aceita cartão e sou MUITO paparicada. Foi tudo óttttiiimmmooo. Bebemos vinho, o que esquentou (e muito!), rimos tanto, que nem quero lembrar, para não começar à rir sozinha. Falamos tanto, que o meu maxilar ainda dói e de quebra, ainda tive muitos beijos roubados pelo meu admirador nada secreto. Cheguei em casa chapada, mas tão feliz que só por volta das 7hs percebi que havia dormido de roupa. Não pensem vocês que eu me intimidei, levantei, coloquei o meu pijama e voltei para cama...

terça-feira, abril 26, 2005

Des Abafo

Sabe quando esbarramos em alguma coisa e ficamos com hematomas? À princípio eles ficam roxos e doem, depois eles continuam roxos e não mais doem. É exatamente assim que me sinto. Como um grande hematoma. Tô com a alma roxa. Orgulho ferido é foda. Sábado me senti um côco, depois percebi que este 'papel' não combina comigo, sou boa demais para me fantasiar de côco (=auto-estima preservada). Óntem quando achei que as coisas iam melhorar, tive uma pequena recaída e fiquei roxa. Hoje ainda não sei, estou oscilando demais, por isso decidi que vou ao cabelereiro e depois ao shopping para estourar meu cartão de crédito (= melhor amigo das depressivas). Mas sabe o melhor disso tudo? É a certeza de que estes dias sombrios iram passar com a mesma rapidez que vierão. A minha pseudo-crise não é tão foda assim, ou eu ando otimista demais. Seja lá o que for, já me sinto melhor só pelo desabafo...

segunda-feira, abril 25, 2005

Des Compromisso

Foram tantos meses de expectativa, planos, sonhos, idéias, ideais... foram tantas conversas ao telefone, pessoalmente, mentalmente... foram tantos 'ensaios', que quando a realidade chegou, não pude suportar.
Senti falta de ar, de espaço, de calor, de fome. Quis tremer, chorar, temer, correr, mas tudo o que fiz foi ficar e 'sorrir'.
Morri. Um pouco, mas morri. Perdi a voz, a cor, o tempo...
Nas fotografias, sei que poderei identificar cada batida descompassada do meu coração, cada pensamento que me ocorreu e cada sentimento que não consegui identificar.
Assim que pude, saí. Só assim respirei. Senti que nada sentia. Tive medo de ser dormente. Fui amparada e aos poucos senti tudo, de novo...

quinta-feira, abril 14, 2005

Pense nisso...

"(...) Minha sensação sempre foi de que a mulher usava seus encantos não em favor de um relacionamento apaixonado, mas para obter do
homem algum relacionamento duradouro: casamento, por exemplo, ou, pelo menos,
companheirismo; para obter, enfim, alguma espécie de paz, de posse.
Era isso que me amendrontava: a sensação de que, por trás da grande amoureuse, jazia oculta
uma pequena burguesa que queria segurança no
amor.(...)"
Anaïs Nin
(Trecho do livro "Delta de Vênus")

Quase 40o

Depois da última semana cheia de novidades e agitos, comecei esta nova semana de 'molho'. Cheguei domingo em casa ardendo em febre (=39o), com a garganta inflamadíssima. Passei todos estes dias, literalmente, na cama. Também aderi à dieta da lua, já que só consigo tomar líquidos. Mas, apesar de tudo isso, posso dizer que estou vivendo dias extremamente felizes. Agora sim, uma felicidade cheia de propósitos. À propósito, essa felicidade tem olhos lindos e um sorrizo que me amolece. Tudo é muito recente, por isso, meus comentários param por aqui. Prefiro ir devagar e curtir tudo o que está rolando. Eu sabia que o meu último sonho teria alguma mensagem, só não pensei que à decifraria tão rápido...

terça-feira, abril 12, 2005

O bar do MEU amante

Este último fim de semana foi prá lá de curioso, mas vou resumir a história. No sábado, decidimos ir dançar. Mas não poderíamos ir para a 'balada' sem antes passármos no 'esquenta', que decidimos que seria no 'bar dos amantes', pois era o mais próximo do nosso 'destino final'. Chegamos, sentamos, bebemos, bebemos, chegaram alguns amigos, bebemos mais um pouco, chegou mais uma amiga, bebemos a saideira e fomos dançar.

Assim que entrei, senti que a noite prometia. Estava entupido de gente. Eu estava sem óculos. Naquela altura eu já havia bebido 'algumas' cervejas. Depois de muito vagármos, encontramos um espaço onde podíamos nos olhar, sem ter a impressão de estármos nos beijando. Pedi uma cerveja e dancei MUITO.
Resumindo: eu estava me divertindo. Algumas paqueras. Alguns olhares. Até que encontro o meu paquera do 'bar dos amantes' em pessoa. Papo vai, papo vem e percebo que seria agora ou nunca. Avisei a minha 'carona', que eu já havia arrumado outra carona. Saímos de lá o mais rápido possível.
Resumindo de novo: Ficamos e foi ótttimo.
Só posso dizer uma coisa, agora o nome do bar mudou para o 'bar do meu amante'...

quinta-feira, abril 07, 2005

Um pensamento

"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo. Morre lentamente quem destrói seu amor próprio, quem não se deixa ajudar. Morre lentamente quem se transforma em escravo do habito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece. Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru... Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto sobre o branco, e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos. Morre lentamente quem não vira a mesa quando esta infeliz com o seu trabalho quem não arrisca o certo pelo incerto, para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos. Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante. Morre lentamente quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe. Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo, exige um esforço muito maior, que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplendido de felicidade."
Pablo Neruda

quarta-feira, abril 06, 2005

O bar dos amantes...

Só posso dar um conselho á todos: Rezem! Rezem bastante!!
Essa vida é ótttima. Depois da tarde m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a que passei ontém, resolvi comemorar com as amigas á noite, tomando uma 'cervejinha' (maneira carinhosa de nomear a minha amada Malzebier).
Elejemos um bar discreto e charmoso, que re-nomeamos de 'Bar do Amante', pois é tão escondidinho e só é frequentado por pessoas desconhecidas, que acreditamos que o bar fazia juz ao nosso 'batismo nominal'.
Logo que chegamos, um 'par de olhos verdes' vieram nos recepcionar. Depois de 5 minutos no bar, nossa mesa estava tão cheia, que decidimos não pedir nada para comer e só pedimos bebidas.
No percursso da porta até a mesa, falei ao 'par de olhos verdes' que já sabia de onde nos conhecíamos. Perguntei o seu nome, ele respondeu e falei o meu, acreditando que seria alguma novidade. Engano meu. O 'par de olhos verde' já sabia o meu nome. Agora quem se surpreendeu com a novidade fui eu.
Ao longo da noite, percebi aqueles lindos olhos verdes me procurando. Minhas amigas também. Na hora da conta, para nossa surpresa, só foram cobradas as bebidas. Elas, muito mais rápidas que eu, me fizeram assinar um cheque de R$ 15,00, só para anotar o meu telefone atrás.
Quando nos lenvantamos e caminhamos em direção á porta, ele surgiu no meio do meu caminho para se despedir de nós. Dessa vez para a minha surpresa, ele se aproximou e me deu um beijo no rosto. Claro que também beijou as outras.
Até chegármos no carro, senti que os olhos verdes ainda me 'procuravam'. Minhas amigas caíram na minha alma. Agora o 'bar dos amantes' entrou definitivamente no nosso roteiro do 'esquenta'. Aguardem cenas do próximo capítulo...

terça-feira, abril 05, 2005

Desperta-dor

O telefone toca:
Eu- Alô.
J.- Alô, 'doutora'?!
(Sorriso nos lábios...)
Eu- Achei que você não fosse me ligar.
J.- Eu cumpro as minhas promessas. Tá tudo em pé?
Eu- Claro. Quando e aonde?
J.- Tô com a tarde livre. Qual é o melhor horário prá você?
Eu- Ás três.
J.- No lugar de sempre?
Eu- No lugar de sempre!
(...)

Ouvi dizer que a dor que sentimos ao nascer é tão grande, que o melhor que fazemos é esquecê-la. Hoje, um pouco antes das três, re-experimentei tal dor. Numa escala de 0 á 10, a minha anciedade estava 100. Ao vê-lo, morri um pouco. Tenho certeza que a presença dele faz meu coração bater mais acelerado que o de um cachorro.
Para minha surpresa, paramos em frente à uma praça. Entramos numa sorveteria. Sentamos. Bebemos água, (precisava repôr todos os sais e minerais que perdi, desde o telefonema). Conversamos por horas. Ele me contou as novidades ao seu modo. Eu contei as minhas ao meu. Nos olhamos sem nos tocar. Nos olhamos sem pronunciar palavra. Nos olhamos como quem nunca se viu. Reparei na cicatriz no topo do seu nariz. Seus olhos eram os mesmos de 10 anos atrás. Relembramos o início de tudo.
Em silêncio levantamos. Na porta da sorveteria, sob uma chuva torrencial, nos beijamos. Beijo longo, calmo, firme, cheio de cadências, de carências. Sabia que tudo aquilo, á nossa forma, era AMOR. No fundo, ele foi meu desperta-dor. Apareceu quando eu pude percebê-lo. Aceitou aquilo que pude oferecer. Ofereceu tudo o que eu poderia viver... Vivemos.
Meu maior medo, sempre foi esquecer o seu rosto. Passava dias tentando lembrar dos seus detalhes: da sua boca pequena, da péle morena, dos olhos cor de mel. Sei que não posso dizer nunca mais, mas também sei que tudo isso é para sempre, a diferença é que hoje ele também soube...

Futuro

Eu quero o futuro, embora o passado insista em me dar rasteiras...

segunda-feira, abril 04, 2005

J.

Hoje encontrei o J. Há muito não nos víamos, mas esse encontro um dia teria que acontecer... Eu estava dirigindo, procurando uma estação no rádio, pensando no que faria de janta, quando, quase que propositalmente, giro a cabeça para a minha direita e meus olhos se cruzam com os dele. Meu coração pula, o rádio perde a sintonia de vez e entro na primeira direita possível. Abro a minha bolsa e dirijo. Pego a minha carteira e dirijo. Pego um cartão e dirijo. Ascendo a luz e dirijo. Anoto o meu novo celular e dirijo. Dobro mais três direitas e paro. Ele já estava à minha espera. Entrego meu cartão e gargalho (de nervoso). Conversamos assuntos desconexos, assim como as batidas do meu coração. Quando pisquei ele já estava dentro do carro. Pisquei de novo e já estávamos nos beijando. Com ele, tudo sempre foi assim, desmedido, descabido e descarado. Reencontrá-lo e perceber que o caráter da nossa relação permaneceu intacta, me fez tremer, temer e por isso, sei que amanhã irei encontrá-lo e lhe direi pela primeira vez, o quanto ele é importante na minha vida. Talvez seja a nossa despedida...

domingo, abril 03, 2005

Chuvas de verão

...tão bonitinho. Paguei a minha língua de novo. Ele é mais novo! Tão 'cool', compenetrado, intolerânte, intransigente, inteligente, prestativo, carismático, enigmático, profundo, sincero, focado e galanteador. O fofo queria ser conquistado, mas até aí, todos querem... Conversamos por tantas horas, que perdi as contas de quantas vezes aqueles olhos negros me atravessarão. Também perdi as contas de quantas vezes me perdi ao longo dos nossos assuntos. Tentei desesperadamente, talvez inutilmente, me fazer de desinteressada. Falei que prefiria os altos, os mais velhos e os mais 'cafa', mas o meu sub-consciente, insistiu em me pregar uma peça quando o enviou, junto com um amigo distante de uma amiga à minha casa. Ele foi, literalmente, o último à sair. Tentei em vão dormir, mas ele não me saiu da cabeça. Espero que o encantamento seja recíproco. Espero cruzar com aquele olhar novamente e desejo que aquele desejo que eu vi em seus olhos, perdure...

...encontros e despedidas...

... ele foi embora por volta das 14hs. Senti um alívio, fiquei feliz. Esta foi a minha primeira despedida fácil. Não teve drama, dor ou sacrifício. Foi um simples 'selinho' e tchau. Fechei a porta e me joguei no sofá, assisti TV o resto da tarde. Fiquei orgulhosa de mim mesma. Lembrei de uma pessoa que me disse: "Tudo que ficou atrás da porta é passado, aquilo que você enxerga é presente e aquele 'borrão' mais a frente, é o seu futuro...". Fui tomar um banho, lavar os cabelos, escolher um bom traje de passeio, pois hoje decidi encontrar o meu futuro...

quarta-feira, março 30, 2005

Penúltimas notícias...

Oi, quanto tempo, hein?! Como eu já disse há alguns dias atrás, sou uma menina do interior; e estou passando por uma pequena temporada em minha terra natal, muito próxima dos amigos e praticamente 'colada' aos parentes.
Estou curtindo a vida no 'campo'. Tenho ótimas companheiras: a Molly, a Bianca e a Xuxa (respectivamente, minha Labrador, a tomba-lata da minha mãe e a gata que adotou toda a família).
Porém, não pensem que tudo é festa. Tenho trabalhado e muito. Tô amando o ritmo que as coisas estão tomando. Me sinto desafiada! Parece que perdi o controle, e isso me deu um auto- controle impressionantes.
Posso dizer que continuo feliz. Tenho lido horrores! E continuo com a idéia fixa de fazer coisas novas todos os dias...

quinta-feira, março 17, 2005

InSônia

Na 'buena', essa felicidade sem propósito já tá me cansando...
Acho que hoje, vou dormir cedo, só prá variar.
Quero acordar antes da Dna. Carmela chegar e bater todas as portas de casa, e me fazer acordar de mal humor. Quero levantar antes que ela me pergunte quanto arroz deve fazer pro almoço, (detalhe: ela trabalha aqui há mais de 7 anos, e ainda não se acostumou com o fato de sermos anti-sociais. Nós simplesmente não convidamos as pessoas para almoçar aqui em casa. Ela ainda não se conformou com o fato de sermos 3 'pessoinhas', e dessas 3 'pessoinhas', 2 já nasceram de dieta, ou seja, é só ela quem come arroz. Agora deu prá sacar o grau da única consumidora de arroz dessa casa?! Você deve estar pensando o que ela ainda está fazendo aqui, e eu digo: Ainda não encontrei alguém mais tragicômica que ela. Juro que o dia que encontrar, eu passo ela prá um de vcs).
Pensando bem, até que tá bacana me divertir sozinha...
Pensei em ir prá balada 'totaly alone', mas isso é muita covardia e sei que acabaria ficando 'completly drunk', porque no fundo, no fundo, eu não me agüento...
Devo informá-los que a minha tolerância aos teores alcoólicos aumentou, e MUITO. Não que eu fique de porre, mas os mais observadores irão perceber um elevado grau etílico (Sô chique bem!).
É, não há dúvidas: Eu preciso dormir! Mas parece que tô ligada no 220w. Nada está me dando sono. Tentei assistir o horário político, achei tudo tão divertido que acabei dando altas risadas e fiquei no 'pique da globo'.
Escrever era a minha última alternativa, mas parece que não vai 'rolar', então vou tomar um banho, esfriar a cabeça e decidir prá quem eu vou ligar incomodando à essa hora da noite...
Doces sonhos aos que conseguirem chegar nessa etapa...

Só um lembrete...

"Tudo o que é bom
dura o tempo suficiente
para ser inesquecível"

"Vivástica"

Tenho um amigo que criou, ou pelo menos colocou em uso, a expressão 'vivástica'. Segundo esse meu amigo, tal expressão deu sentido à uma noite super especial, quando 'a lua sorriu para nós'... Achei tão poética a forma como ele viu a lua, percebi que ela realmente estava sorrindo para nós... É exatamente isso que me atrai nas pessoas. É essa vontade de saber o que se passa por trás de uma simples frase, de um simples olhar, para algo tão corriqueiro quanto a lua. Adoro tentar 'rastrear' os caminhos do inconsciente, que nos fazem achar 'isso bacana e aquilo um porre'.
Sempre digo que amo o 'ser' humano. Acho fantástico pensar que algumas pessoas simplesmente ficaram para sempre em nossas vidas, mesmo que elas não estejam por perto. Alguns 'seres' são como perfume, que nos deixam 'impregnados' com a sua presença.
Eu só gostaria de deixar bem claro, que mais uma vez, acordei com um bom humor contagiante. Esta fase otimista está me fazendo um bem danado. Hoje quase não dormi, de tanta anciedade. Não que eu tenha algum compromisso inadiável, mas é que eu ando com uma vontade incontrolável de sair voando, beijando, abraçando, sorrindo, amando, telefonando, encontrando, escutando, falando, tocando, doando, enfim, ando com uma vontade incontrolável de sair vivendo...

quarta-feira, março 16, 2005

Moro num país tropical

Gravação do especial MTV com o Simominha. Bourbon Street LOTADO. Participações de Paula Lima, Happin Hood, Mattoli, Max de Castro e Toni Garrido. O show foi um SHOW! Não tinha espaço para dançar, tava difícil beber, quase não houve paquera, pois todos estavam com os olhos 'vidrados' no Simoninha, que apareceu com uma bata e-s-p-e-t-a-c-u-l-a-r, cheia de brilho e cores.
Simoninha cantou Jorge Ben e encantou á todos. Fiquei maravilhada com aquilo que vi. O momento mais emocionante, foi quando ele cantou "País Tropical". Eu não sabia se cantava ou se gritava.
"... Moro num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza,
Mas que beleza, em fevereiro tem carnaval..." É isso aí!
Atendendo á pedidos, também não posso negar que estava muito bem acompanhada, por três 'figuras' ilustres e prá lá de animadas...

terça-feira, março 15, 2005

A Felicidade

Estou vivendo um momento especial em minha vida. Tudo está ótimo, e posso dizer que sem nenhum motivo aparente. Não tive nenhuma promoção, não fiz a viajem dos meus sonhos, e também não encontrei o amor da minha vida. Mas, de repente, vi que estou profundamente apaixonada por mim.
Tem dias que me olho no espelho e aperto a minha própria buchecha, fazendo aquela cara de 'mas que coisinha linda'. Nunca estive com a auto-estima tão elevada. Já acordo sorrindo. Me sinto otimista diante da vida e dos obstáculos que à cercam.
Ás vezes fico procurando motivos para essa tal felicidade, mas em outros momentos só curto o que me acometeu do nada, sem razão ou explicação aparente.
Ah, pena que a felicidade não é palpável... Gostaria de dividí-la com vocês!

sexta-feira, março 04, 2005

A vida que quero levar...

Crescer é difícil. Parece que nunca fui preparada para isso, e nem pense que estou acusando os meus pais. O fato é que tudo passou tão rápido que ainda me sinto um pouco perdida. Ainda óntem eu podia me dar ao luxo de fazer uma mãnha e não ir à escola, ficar doente e ser paparicada, chorar em público sem leventarem a falsa suspeita que estou de TPM.
Hoje, tenho que matar um leão por dia, e agradecer o fato de conseguir manter um pouco da minha sanidade intacta. Não devo expor meus sentimentos, não devo engordar, nem usar tons pastéis, nem ser muito sincera, nem acreditar que os outros são muito sinceros... enfim, devemos nos manter nêutros (lê-se: distânte).
Se por um lado eu adoraria sentir novamente aquela sensação de me preparar a semana inteira para um tal 'bailinho', onde encontraria um tal menino, que teria ensaiado a semana inteira um tal discurso, mas que só conseguiria falar o tal "Oi". Por outro lado, me encanta a possibilidade de paquerar, ao invés de ser paquerada. De chegar ás 5h da matina em casa, em plena 4ª feira. De não ter que ir à missa aos domingos, pois afinal de contas, agora já estou bem crescidinha para poder optar pela vida que quero levar...

quinta-feira, março 03, 2005

Lá no interior...

Nasci no interior e morei lá por uma semana apenas. Cresci na Capital, mas sempre passei as minhas férias no interior. Lá mora toda a minha família. Lá aprendi andar de bicicleta, dirigir carros e também aprendi o que é amar. Durante a minha adolescência os conflitos começaram à surgir. A curiosidade alheia era tão invasiva, que me sentia sufocada. Também implicava com o jeito que eles falavam, parecia que todas as palavras do mundo tinham 'R', que se transformava em 'RRRR...'.

Com o tempo percebi que nada daquilo era implicãncia minha, mas sim um fato: vivíamos diferenças culturais brutais. Por exemplo, aqui quando encontramos um conhecido num restaurante, tentamos ser o mais discreto possível, lá ocorre o contrário. Aqui quando contamos uma história, tentamos ser o mais breves possível, lá eles privilegiam os mínimos detalhes.

Há poucos anos atrás, tive a oportunidade de morar por lá. No começo achei que estava sendo muito chata, diante daquela pequena cidade tão acolhedora. Reclamava do trânsito desnecessário, das conversas na padaria com estranhos completos, do domínio público sobre a minha vida, enfim, achei tudo uma chatice, inclusive o fato de sempre reconhecer alguém nas ruas.

Criei o hábito de todo sábado à tarde me reunir na casa de uma amiga. Era basicamente o 'clube da luluzinha'. Conversávamos sobre TUDO, mas principalmente sobre homens.

A minha volta à capital era praticamente uma questão de vida ou morte. Sim, pois eu estava morrendo. Sentia falta dos meus amigos, das baladas, de fazer supermercado à 1/2 noite, de encontrar gente nova, do barulho do trânsito, das várias opções no cinema, das conversas sem sentido, de não precisar me arrumar para ir ao shopping, bhla, bhla, bhla...

Quando cheguei à capital, percebi que continuava triste e insatisfeita. Esse estado demorou à passar, e foi preciso tudo isso acontecer, para que eu me desse conta de que EU estava infeliz. Seria infeliz enquanto não mudasse algumas das minhas condutas.

Mudar de cidade, retornar ao meu lugar, foi o que fez eu enxergar, me enxergar e perceber que não passo de uma menina do interio...

Dias frios...

Nos dias frios, sinto uma tristeza sem razão, uma saudade sem destino. Sinto que perdi o que nunca tive. Nestes dias, quero ficar quietinha, ouvir Blues baixinho, com um cobertor no colo. Se o frio aperta, não atendo o telefone, finjo que não tem ninguém em casa. Fujo do esplelho. A noite chega, e o frio aumenta. Ligo a TV, procuro um filme bem velho, bem chato, para me alienar, logo, sem perceber, já me pus à sonhar...

Quebre a perna

Hoje é dia de estréia. Nesses dias, fico anciosa, com aquele 'friozinho' na barriga. Hoje é dia de novidade. O que será das 'prozaicas'? Nem eu sei. Terá vida longa? Só Deus sabe... Que neste espaço, virtual, seja possível, tudo o que se acreditava impossível...