quarta-feira, abril 27, 2005

Des Quite

Nada como um dia após o outro, algumas horas no shopping e um belo corte no cabelo. Também devo admitir que beijar alguém que nos bajula, ajuda e muito. Pois é, ontém percebi que os hematomas já desapareceram da minha alma, e posso dizer que isto ocorreu não por que fiz comprinhas, cortei o cabelo ou conversei por HORAS com as amigas. Mas sim, por que estava na hora de tudo passar. E passou! À noite, estava uma ventania, mas decidimos sair mesmo assim, resolvemos ir ao bar do meu amante, já que lá aceita cartão e sou MUITO paparicada. Foi tudo óttttiiimmmooo. Bebemos vinho, o que esquentou (e muito!), rimos tanto, que nem quero lembrar, para não começar à rir sozinha. Falamos tanto, que o meu maxilar ainda dói e de quebra, ainda tive muitos beijos roubados pelo meu admirador nada secreto. Cheguei em casa chapada, mas tão feliz que só por volta das 7hs percebi que havia dormido de roupa. Não pensem vocês que eu me intimidei, levantei, coloquei o meu pijama e voltei para cama...

terça-feira, abril 26, 2005

Des Abafo

Sabe quando esbarramos em alguma coisa e ficamos com hematomas? À princípio eles ficam roxos e doem, depois eles continuam roxos e não mais doem. É exatamente assim que me sinto. Como um grande hematoma. Tô com a alma roxa. Orgulho ferido é foda. Sábado me senti um côco, depois percebi que este 'papel' não combina comigo, sou boa demais para me fantasiar de côco (=auto-estima preservada). Óntem quando achei que as coisas iam melhorar, tive uma pequena recaída e fiquei roxa. Hoje ainda não sei, estou oscilando demais, por isso decidi que vou ao cabelereiro e depois ao shopping para estourar meu cartão de crédito (= melhor amigo das depressivas). Mas sabe o melhor disso tudo? É a certeza de que estes dias sombrios iram passar com a mesma rapidez que vierão. A minha pseudo-crise não é tão foda assim, ou eu ando otimista demais. Seja lá o que for, já me sinto melhor só pelo desabafo...

segunda-feira, abril 25, 2005

Des Compromisso

Foram tantos meses de expectativa, planos, sonhos, idéias, ideais... foram tantas conversas ao telefone, pessoalmente, mentalmente... foram tantos 'ensaios', que quando a realidade chegou, não pude suportar.
Senti falta de ar, de espaço, de calor, de fome. Quis tremer, chorar, temer, correr, mas tudo o que fiz foi ficar e 'sorrir'.
Morri. Um pouco, mas morri. Perdi a voz, a cor, o tempo...
Nas fotografias, sei que poderei identificar cada batida descompassada do meu coração, cada pensamento que me ocorreu e cada sentimento que não consegui identificar.
Assim que pude, saí. Só assim respirei. Senti que nada sentia. Tive medo de ser dormente. Fui amparada e aos poucos senti tudo, de novo...

quinta-feira, abril 14, 2005

Pense nisso...

"(...) Minha sensação sempre foi de que a mulher usava seus encantos não em favor de um relacionamento apaixonado, mas para obter do
homem algum relacionamento duradouro: casamento, por exemplo, ou, pelo menos,
companheirismo; para obter, enfim, alguma espécie de paz, de posse.
Era isso que me amendrontava: a sensação de que, por trás da grande amoureuse, jazia oculta
uma pequena burguesa que queria segurança no
amor.(...)"
Anaïs Nin
(Trecho do livro "Delta de Vênus")

Quase 40o

Depois da última semana cheia de novidades e agitos, comecei esta nova semana de 'molho'. Cheguei domingo em casa ardendo em febre (=39o), com a garganta inflamadíssima. Passei todos estes dias, literalmente, na cama. Também aderi à dieta da lua, já que só consigo tomar líquidos. Mas, apesar de tudo isso, posso dizer que estou vivendo dias extremamente felizes. Agora sim, uma felicidade cheia de propósitos. À propósito, essa felicidade tem olhos lindos e um sorrizo que me amolece. Tudo é muito recente, por isso, meus comentários param por aqui. Prefiro ir devagar e curtir tudo o que está rolando. Eu sabia que o meu último sonho teria alguma mensagem, só não pensei que à decifraria tão rápido...

terça-feira, abril 12, 2005

O bar do MEU amante

Este último fim de semana foi prá lá de curioso, mas vou resumir a história. No sábado, decidimos ir dançar. Mas não poderíamos ir para a 'balada' sem antes passármos no 'esquenta', que decidimos que seria no 'bar dos amantes', pois era o mais próximo do nosso 'destino final'. Chegamos, sentamos, bebemos, bebemos, chegaram alguns amigos, bebemos mais um pouco, chegou mais uma amiga, bebemos a saideira e fomos dançar.

Assim que entrei, senti que a noite prometia. Estava entupido de gente. Eu estava sem óculos. Naquela altura eu já havia bebido 'algumas' cervejas. Depois de muito vagármos, encontramos um espaço onde podíamos nos olhar, sem ter a impressão de estármos nos beijando. Pedi uma cerveja e dancei MUITO.
Resumindo: eu estava me divertindo. Algumas paqueras. Alguns olhares. Até que encontro o meu paquera do 'bar dos amantes' em pessoa. Papo vai, papo vem e percebo que seria agora ou nunca. Avisei a minha 'carona', que eu já havia arrumado outra carona. Saímos de lá o mais rápido possível.
Resumindo de novo: Ficamos e foi ótttimo.
Só posso dizer uma coisa, agora o nome do bar mudou para o 'bar do meu amante'...

quinta-feira, abril 07, 2005

Um pensamento

"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo. Morre lentamente quem destrói seu amor próprio, quem não se deixa ajudar. Morre lentamente quem se transforma em escravo do habito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece. Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru... Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto sobre o branco, e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos. Morre lentamente quem não vira a mesa quando esta infeliz com o seu trabalho quem não arrisca o certo pelo incerto, para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos. Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante. Morre lentamente quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe. Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo, exige um esforço muito maior, que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplendido de felicidade."
Pablo Neruda

quarta-feira, abril 06, 2005

O bar dos amantes...

Só posso dar um conselho á todos: Rezem! Rezem bastante!!
Essa vida é ótttima. Depois da tarde m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a que passei ontém, resolvi comemorar com as amigas á noite, tomando uma 'cervejinha' (maneira carinhosa de nomear a minha amada Malzebier).
Elejemos um bar discreto e charmoso, que re-nomeamos de 'Bar do Amante', pois é tão escondidinho e só é frequentado por pessoas desconhecidas, que acreditamos que o bar fazia juz ao nosso 'batismo nominal'.
Logo que chegamos, um 'par de olhos verdes' vieram nos recepcionar. Depois de 5 minutos no bar, nossa mesa estava tão cheia, que decidimos não pedir nada para comer e só pedimos bebidas.
No percursso da porta até a mesa, falei ao 'par de olhos verdes' que já sabia de onde nos conhecíamos. Perguntei o seu nome, ele respondeu e falei o meu, acreditando que seria alguma novidade. Engano meu. O 'par de olhos verde' já sabia o meu nome. Agora quem se surpreendeu com a novidade fui eu.
Ao longo da noite, percebi aqueles lindos olhos verdes me procurando. Minhas amigas também. Na hora da conta, para nossa surpresa, só foram cobradas as bebidas. Elas, muito mais rápidas que eu, me fizeram assinar um cheque de R$ 15,00, só para anotar o meu telefone atrás.
Quando nos lenvantamos e caminhamos em direção á porta, ele surgiu no meio do meu caminho para se despedir de nós. Dessa vez para a minha surpresa, ele se aproximou e me deu um beijo no rosto. Claro que também beijou as outras.
Até chegármos no carro, senti que os olhos verdes ainda me 'procuravam'. Minhas amigas caíram na minha alma. Agora o 'bar dos amantes' entrou definitivamente no nosso roteiro do 'esquenta'. Aguardem cenas do próximo capítulo...

terça-feira, abril 05, 2005

Desperta-dor

O telefone toca:
Eu- Alô.
J.- Alô, 'doutora'?!
(Sorriso nos lábios...)
Eu- Achei que você não fosse me ligar.
J.- Eu cumpro as minhas promessas. Tá tudo em pé?
Eu- Claro. Quando e aonde?
J.- Tô com a tarde livre. Qual é o melhor horário prá você?
Eu- Ás três.
J.- No lugar de sempre?
Eu- No lugar de sempre!
(...)

Ouvi dizer que a dor que sentimos ao nascer é tão grande, que o melhor que fazemos é esquecê-la. Hoje, um pouco antes das três, re-experimentei tal dor. Numa escala de 0 á 10, a minha anciedade estava 100. Ao vê-lo, morri um pouco. Tenho certeza que a presença dele faz meu coração bater mais acelerado que o de um cachorro.
Para minha surpresa, paramos em frente à uma praça. Entramos numa sorveteria. Sentamos. Bebemos água, (precisava repôr todos os sais e minerais que perdi, desde o telefonema). Conversamos por horas. Ele me contou as novidades ao seu modo. Eu contei as minhas ao meu. Nos olhamos sem nos tocar. Nos olhamos sem pronunciar palavra. Nos olhamos como quem nunca se viu. Reparei na cicatriz no topo do seu nariz. Seus olhos eram os mesmos de 10 anos atrás. Relembramos o início de tudo.
Em silêncio levantamos. Na porta da sorveteria, sob uma chuva torrencial, nos beijamos. Beijo longo, calmo, firme, cheio de cadências, de carências. Sabia que tudo aquilo, á nossa forma, era AMOR. No fundo, ele foi meu desperta-dor. Apareceu quando eu pude percebê-lo. Aceitou aquilo que pude oferecer. Ofereceu tudo o que eu poderia viver... Vivemos.
Meu maior medo, sempre foi esquecer o seu rosto. Passava dias tentando lembrar dos seus detalhes: da sua boca pequena, da péle morena, dos olhos cor de mel. Sei que não posso dizer nunca mais, mas também sei que tudo isso é para sempre, a diferença é que hoje ele também soube...

Futuro

Eu quero o futuro, embora o passado insista em me dar rasteiras...

segunda-feira, abril 04, 2005

J.

Hoje encontrei o J. Há muito não nos víamos, mas esse encontro um dia teria que acontecer... Eu estava dirigindo, procurando uma estação no rádio, pensando no que faria de janta, quando, quase que propositalmente, giro a cabeça para a minha direita e meus olhos se cruzam com os dele. Meu coração pula, o rádio perde a sintonia de vez e entro na primeira direita possível. Abro a minha bolsa e dirijo. Pego a minha carteira e dirijo. Pego um cartão e dirijo. Ascendo a luz e dirijo. Anoto o meu novo celular e dirijo. Dobro mais três direitas e paro. Ele já estava à minha espera. Entrego meu cartão e gargalho (de nervoso). Conversamos assuntos desconexos, assim como as batidas do meu coração. Quando pisquei ele já estava dentro do carro. Pisquei de novo e já estávamos nos beijando. Com ele, tudo sempre foi assim, desmedido, descabido e descarado. Reencontrá-lo e perceber que o caráter da nossa relação permaneceu intacta, me fez tremer, temer e por isso, sei que amanhã irei encontrá-lo e lhe direi pela primeira vez, o quanto ele é importante na minha vida. Talvez seja a nossa despedida...

domingo, abril 03, 2005

Chuvas de verão

...tão bonitinho. Paguei a minha língua de novo. Ele é mais novo! Tão 'cool', compenetrado, intolerânte, intransigente, inteligente, prestativo, carismático, enigmático, profundo, sincero, focado e galanteador. O fofo queria ser conquistado, mas até aí, todos querem... Conversamos por tantas horas, que perdi as contas de quantas vezes aqueles olhos negros me atravessarão. Também perdi as contas de quantas vezes me perdi ao longo dos nossos assuntos. Tentei desesperadamente, talvez inutilmente, me fazer de desinteressada. Falei que prefiria os altos, os mais velhos e os mais 'cafa', mas o meu sub-consciente, insistiu em me pregar uma peça quando o enviou, junto com um amigo distante de uma amiga à minha casa. Ele foi, literalmente, o último à sair. Tentei em vão dormir, mas ele não me saiu da cabeça. Espero que o encantamento seja recíproco. Espero cruzar com aquele olhar novamente e desejo que aquele desejo que eu vi em seus olhos, perdure...

...encontros e despedidas...

... ele foi embora por volta das 14hs. Senti um alívio, fiquei feliz. Esta foi a minha primeira despedida fácil. Não teve drama, dor ou sacrifício. Foi um simples 'selinho' e tchau. Fechei a porta e me joguei no sofá, assisti TV o resto da tarde. Fiquei orgulhosa de mim mesma. Lembrei de uma pessoa que me disse: "Tudo que ficou atrás da porta é passado, aquilo que você enxerga é presente e aquele 'borrão' mais a frente, é o seu futuro...". Fui tomar um banho, lavar os cabelos, escolher um bom traje de passeio, pois hoje decidi encontrar o meu futuro...